A Voz do Bispo › 15/09/2023

O rancor e a raiva

Neste mês da Bíblia, desejamos que ela permaneça mais tempo em nossas mãos, talvez através de uma leitura diária breve, para que a Palavra de Deus habite em nossos corações, tornando-se parte de nossa vida. Permitamos que ela nos fale, abrindo as portas do nosso coração como filhos e filhas amados de Deus, ansiosos por ouvir Sua voz.

Nesta semana, gostaria de dar destaque ao Livro do Eclesiástico, uma obra sábia que contém a sabedoria popular de sua época e permanece relevante até hoje. Observemos o trecho de Eclesiástico 27,33 a 28,9: “O rancor e a raiva são detestáveis; até o pecador tenta controlá-los.” Podemos afirmar que esses sentimentos não contribuem em nada e apenas prejudicam tanto quem os nutre quanto aqueles ao redor, criando um ambiente tenso e negativo que não beneficia ninguém.

Continua a mensagem com a seguinte orientação: “Aquele que busca vingança enfrentará a repreensão do Senhor, que pedirá rigorosas prestações de contas pelos seus pecados.” É importante compreender que essa ‘repreensão do Senhor’ não significa que Deus seja vingativo, mas sim que Ele desaprova esse comportamento.

A seguir, somos exortados: “Perdoe as injustiças cometidas por seu próximo; assim, quando orar, seus próprios pecados serão perdoados. Se alguém guarda rancor contra outra pessoa, como pode pedir a Deus por cura? Se não demonstra compaixão pelo seu semelhante, como pode pedir perdão por seus próprios pecados?” Perdoar e demonstrar compaixão são atitudes sábias e maduras, sinais de maturidade humana e espiritual. É evidente como o mundo de hoje precisa assimilar esse modo de pensar e agir.

Por fim, o texto nos lembra: “Lembre-se do seu destino e deixe de odiar… medite nos mandamentos e não guarde rancor contra o seu próximo. Pense na aliança com o Altíssimo e não leve em consideração as faltas alheias.” Podemos concluir que sentimentos como rancor, raiva e ódio não são apropriados para ninguém, especialmente para aqueles que se consideram cristãos. Se desejamos ser pessoas benevolentes e sermos guiados pela Palavra de Deus, não podemos permitir que tais sentimentos habitem em nossas mentes e corações.