A Voz do Bispo › 14/09/2018

Dia diocesano da Bíblia

Este livro sagrado, presente em tantos lares, sobre o qual muitos governantes fazem o juramento na tomada de posse de suas funções, não deveria ser um livro “decorativo”, mas um livro que guardamos no coração. Pela primeira vez, neste dia 15 de setembro, celebramos o Dia Diocesano da Bíblia. Para marcar Campanha da Bíblia que iniciamos em setembro de 2017, teremos a possibilidade de escutar um exegeta de renome, que nos ajudará a entender e valorizar as Sagradas Escrituras.

O cristão é convidado a criar familiaridade progressiva com a Palavra de Deus. Ler esta Palavra para interiorizá-la no coração, como um programa de vida, de crescimento espiritual, que gera comunhão com o Senhor e compromisso com os irmãos na comunidade e fora dela.

Podemos passar anos apenas escutando a Palavra de Deus. Mas é preciso dar um passo a mais: além de “escutá-la com os ouvidos é necessário acolhê-la com o coração”, para que possa frutificar no nosso agir, chamados a ser “sal da terra e luz do mundo”.

Portanto, é essencial a interiorização da Palavra de Deus. Não pode haver cristãos comprometidos com a causa do Reino sem antes “assimilar” a Palavra. Às vezes, o que o Senhor nos pede através da sua Palavra pode parecer muito difícil de realizar. Isto não deve nos assustar, muito menos nos acomodar.

Também Jeremias, falando da sua vocação profética, sentia muita dificuldade em abraçar a sua missão. Precisou primeiro criar intimidade, isto é, interiorizar a Palavra de Deus no seu coração. Quando deu este passo ele pôde afirmar: “Eu devoro as tuas palavras onde as encontro; a tua Palavra é a minha alegria e a delícia do meu coração, porque o teu nome foi invocado sobre mim, ó Senhor, Deus do universo!” (Jr 15,16).

Quando a Palavra de Deus é vista como algo fora de nós, pode dar a impressão de algo que nos limita e incomoda. Mas quando decidimos acolher esta Palavra, assimilando-a e deixando que ela entre no nosso coração como algo que o alimenta e sacia, então ela se torna “doce como o mel” ao seu paladar (Ez 3,3).

Como na Palavra deste domingo, deixemos que Jesus pergunte a nós, como perguntou aos apóstolos: “E vós quem dizeis que eu sou?” O que pessoalmente, de forma existencial e não por decoreba, responderíamos?

Bom seria poder proclamar: “Tu és o meu tudo, a razão da minha vida e felicidade, o meu amigo íntimo, o meu Irmão e meu Senhor!”

 

Para refletir:

1. Estamos completando um ano de Campanha da Bíblia. Que passos tenha dado em relação a Ela.

2. Tenho lido e meditado mais a Palavra de Deus? Tem Ela lugar de destaque na minha família?

3. O que mais posso fazer para valorizá-la e fazer Dela meio por excelência para meu encontro pessoal ou comunitário com Deus?

 

Textos Bíblicos: Is 50, 5-9; Mc 8, 27-35; Tg 2, 14-18; Sl 114, 1-9.

 

 

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